domingo, 8 de outubro de 2017


                                              REFLEXÃO-PROFESSOR E ÉTICA

“A reflexão  ética traz a luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e perante elas, quanto a dimensão das ações pessoais”(p.29,30)

A interdisciplina  Filosofia da Educação em sua terceira semana nos levou a reflexão com o vídeo “Ética e Filosofia” de Márcia Tiburie e o texto ” A aprendizagem na arte de viver” da autora Nadja Hermann.
Entendemos que ética  é o modo como nos conduzimos ao nos relacionarmos com os grupos, o respeito, a consideração, a educação que manifestamos com o outro através das ações, das atitudes demonstradas no cotidiano.
A ética deve ser exercida não como obrigação mas como manifestação natural de humanidade e respeito pelo outro, não só no ambiente escolar, exercendo-a como regra de civilidade, consideração e amor.
Tanto se fala em ética mas  na verdade agir eticamente requer bons princípios não apenas avista de outros para sermos aplaudidos, quando na realidade escondemos a outra face do que somos.
A ética requer pensar o outro. É fazer ao(s) outro(s) o que desejamos que nos façam.

O professor, como educador, é aquele que consegue dizer sem falar, mas que, se for necessário, usa também as palavras. Assim deve ser o professor ético.

       
     
          Referencias:
         TIBURI, Márcia Vídeo ' Filosofia e ética".https://www.youtube.com/watch?v=9jsRUafEV9A

        HERMANN, Nadja. Testo " A Aprendizagem na Arte de Viver".https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2168220/mod_resource/content/2/texto%20Nadia%20Hermann.pdf

MITOS E PRECONCEITOS SOBRE A PESSOA COM DEFICIÊNCIA.






MITOS E PRECONCEITOS SOBRE A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Apesar de a luta não ser nova, ainda vivenciamos preconceitos e discriminações, principalmente pelos significativamente diferentes de forma a afetar até seus direitos como cidadãos, ou o próprio direito a vida. Muitas das vezes acarretam até sequelas psicológicas e deixam marcas que poderão acompanhar a pessoa com deficiência pela vida a fora.
Contudo a colocação da autora do texto Ligia Assumpção Amaral, vislumbra um raio de luz prenunciando a possibilidade de mudanças. Diz a autora:

“... Pode se pensar a anormalidade de forma inovadora:
não mais e somente como patologia...mas como
expressão da diversidade da natureza
e da condição humana...”

Como professores, na convivência, no dia a dia escolar, cabe-nos abrir caminhos, derrubar barreiras e incentivar as potencialidades individuais, mudando o modo de ver a criança com deficiência. Derrubando mitos alimentados pela sociedade desde sempre.
A autora fala de crocodilos nomeando-os de: “ preconceitos” que como a própria palavra diz: é um pré- conceito alimentado pela ignorância, pela falta de conhecimento. O “ estereótipo “ que a generalização do deficiente; se um é incapaz todos os são. E ainda nomeando crocodilos, o “ estigma”, as marcas delegadas pela “ generalização indevida, quando rotulamos as pessoas com deficiência como “ ineficientes globais. Esse é um mito que alimentamos e podemos propagar no ambiente escolar.
Quanto ao “contagio osmótico” e as “barreiras atitudinais” dizem respeito ao conceito pré-formulado, creio mais individual, tendo bastante a ver com a discriminação.
Acredito que a maneira que nós a maioria das pessoas, temos de amenizar aquele “incomodo” sentido no convívio em sala de aula é de super proteger vendo no deficiente “coitadinho”.
A verdade é que enterrar a cabeça na areia como o avestruz não acrescenta conhecimento em nada para auxiliar ao significativamente diferente, no caso : no convívio escolar.
Como educadores a ideia que o deficiente é incapaz, deve ser erradicada, nos adequando a diversidade, derrubando preconceitos a fim de proporcionar igualdade integração e aprendizagem, sabendo que cada sujeito tem suas peculiaridades e que a criança com deficiência pode e deve ser olhada como sendo apenas diferente num universo de igualdade.
A história da autora que é deficiente, nos mostra ser perfeitamente possível a inclusão escolar, buscando-se as devidas adequações e, acima de tudo, o professor deve promover a integração encontrando maneiras de trabalhar com cada um, mas que isso seja olhado com naturalidade para que a inserção se dê de forma que a criança se sinta aceita como ela é. Exemplo excelente é a história da autora; ela se sentia respeitada e amada ocupando o seu lugar que lhe era de direito, no pedacinho de universo que é a escola. Ela ocupava o seu lugar. Não era discriminada pela sua condição física.


“...Que esta reflexão possa levar a eventuais questionamentos sobre o
 saber e o fazer que adquirem vida e plasticidade no cotidiano do contexto educacional.”


REFERÊNCIA:
AMARAL, Ligia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando das diferenças físicas, preconceitos e superação.  In: AQUINO, Julio Groppa (org.).  Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998.
https://www.youtube.com/watch?v=V2ejcpp7ibg (Quem é o verdadeiro deficiente?)