Apenas para começar...
“ O professor não ensina por ensinar, pois o seu ato pedagógico deve ser um ato que desperta a vida para a vida. O que interessa para ele não são os conteúdos, mas sim, algo que possa ajudar o aluno a viver sua vida.”
Porém...
“ O professor “ deixou de viver do seu ensinar, para tornar-se um profissional manipulado pelo poder.”
E agora, professor/Maximiliano Menegolla. 3ºed.
Mundo Jovem, 1989
Em meados dos anos 80 se identificava e discutia, países mais desenvolvidos, as causas, circunstâncias e as consequências de um mal que acometia muitos profissionais do ensino, o chamado Mal-estar docente e apesar de não ser algo novo, hoje vem minando cada vez mais o mundo da educação.
Na década de 1989/1990, em países como França, Alemanha e Inglaterra aconteceu um esvaziamento de profissionais na área de educação.
A profissão de educador já não atraia os jovens e muitos professores estavam abandonando o quadro profissional.
Em 1983, na Suécia, conforme cita ESTEVE (1999), houve um desaquecimento no setor educacional provocando uma crise que afetou profundamente, tendo sido diagnosticado como causa o Mal estar docente.
O Mal estar docente foi citado por muitos estudiosos entre eles Dupont, 1993 apud Esteve, 1999 fazendo menção dos efeitos que afetam negativamente o desempenho profissional de professores acometidos, tendo como causa principal o meio social em que exercem a função, a pressão psicológica, a visível desvalorização da profissão, causando desencanto, sofrimento e finalmente a doença, por vezes permanente.
O adoecimento desses profissionais deixa visível o descaso com que são tratados e sem devida valorização, além do abandono quase que literal da instituição escolar.
O ideal que impulsionava e dava credibilidade ao professor está sendo relegado esquecido e o sonho de levar crianças e jovens ao caminho da realização como educadores fica cada vez mais distante.
Cláudia Murta em : Magistério e sofrimento psíquico díz que; “ o sofrimento dos professores, as suas queixas frequentes quanto ao insuportável trabalho docente... o seu adoecimento... sugerem uma certa desistência da educação enquanto projeto de preparação de crianças e jovens... Desistindo da realização do projeto educativo os professores, na verdade, estariam se demitindo de sua posição de educador e, em decorrência renunciando ao ato educativo.”
E apesar do caos generalizado, da sociedade desacreditada da educação, as bandeiras levantadas em prol da renovação, da restruturação, do apoio, através da conscientização social e primeiramente dos que detém o poder deve reerguer o pedestal que por direito deve ser ocupado pelo professor, aquele que após a família é propulsor de sonhos, e ideais; sendo base de mudanças e acrescendo de valores na busca de saberes e do desenvolvimento integral de crianças e jovens, que com certeza, no futuro sejão protagonizadores de mudanças globais.