Os artefatos e imagens cumprem a função de representar, apresentar,nomear, situar, identificar, etiquetar e traduzir tanto os sujeitos quanto os grupos sociais para os outros grupos. Muito mais que representar os sujeitos e os grupos, os artefatos e imagens instituem os modos de vermos os outros e nos relacionarmos com o mundo. ( CUNHA, 2005 P.31)
As mídias nos dão uma visão de mundo e determinam valores, classificam o que é belo, bom e induz a excluir tudo que foge a sua idealização; idealização essa que busca unicamente o retorno econômico de grandes corporações.
A publicidade (...ensina os indivíduos o que eles precisam e devem desejar, pensar e fazer para serem felizes, bem sucedidos (...) ensina uma visão de mundo, valores e quais comportamentos são socialmente aceitáveis e quais não aceitáveis ( KELLNER, 1995 ,P.112)
Uma imagem não é apenas o que ela mostra, mas conforme HERNANDEZ ,2007 P.32 "...ela é carregada de significações..." com a finalidade de formar identidades consumidoras das imagens mostradas. Dentro deste contexto a infância é mostrada inocente e delicada, "branca" e bem cuidada, idealizando a imagem do " bebê sonhado", fofo e delicado, meigo, transbordando saúde e alegria.
Essa é a representação da infância soft, enquanto existem outras crianças que fogem a estes parâmetros e que não são visibilizadas mas que existem, enquanto as mídias vendem aos milhares produtos vinculados a essas imagens e produzindo discriminação e acirrando o consumo desenfreado já na infância.
Referências:
CUNHA, 2005 P.31 IN Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais, BORGES, Camila Bettim e CUNHA, Suzana Rangel Vieira
KELLNER,1995 P.112 IN CUNHA, 2005 P.31 IN Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais, BORGES, Camila Bettim e CUNHA, Suzana Rangel Vieira
HERNANDEZ,2007 P.32 IN CUNHA, 2005 P.31 IN Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais, BORGES, Camila Bettim e CUNHA, Suzana Rangel Vieira
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